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“Jazim”, eu ouvi. E a música insistiu: somos um só!
Fiquei inquieto, preocupado. Afinal, tenho medo. Acho que já sofri o bastante.
Enquanto isso ela se despia conforme a música. E eu... Eu pensava.
Cenas e cenas caminharam sobre meus olhos. Depois de um tempo enfrentei meu medo e venci, para minha tristeza.
Eles me policiavam. Era uma espécie de orientador e eu que pensava talvez o contrário.
Chovia muito e não consegui ouvir nada além da música, nada além disso. Procurei desesperado o barulho lá fora, mas foi em vão. Já era tarde e meus ouvidos se acostumaram a um único som.
Senti, sofri. O vazio quebrantado me apertava. Fui contagiado pela melodia, e cego, não percebi que uma hora ela acabaria.
Pobre dos meus olhos que choraram incontidamente. Sou o único culpado por isso.
Estamos sujeitos ao erro e erramos. Tudo é tão óbvio quando se passa, até então, parece perfeito e só parece.
Quero dizer que fui eu, ainda que fora de mim. Tenho uma idéia pacata sobre minhas idéias, mas vivo me contrariando. Gosto disso, porque indo e voltando percebo que é assim que sou quem eu sou.