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14 de jul. de 2011

“Por algum tempo”

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Pergunto-me, “desnecessariamente”, se é possível encontrar alguma razão lógica para toda essa dor que invade minha pele.

O que aconteceu? Não consigo encontrar nosso caminho, o mesmo daquela tarde de sexta feira. Acho que me perdi nas frações dos nossos passos.

E toda vez é a mesma coisa. 

Como ser de acordo com tais escolhas? 

A vida não me permite tocar o tempo e não aceita negociar condições. 

Não tenho dúvidas quanto ao que temo, porque temo o quanto posso. Ora, minha lucidez é a própria demência desgastada com as incertezas que não param de nascer dentro de mim.

Pudera eu gritar e obter respostas, sonhar e tê-la em meus braços, pensar e voltar a tocar teus lábios, mas não... Tudo está além das minhas forças. 

Impossível conseguir explicar o quanto é difícil não reconhecer teu perfume, ou mesmo não poder tocar teu rosto. Não consigo nem mesmo entender porque as coisas teimam em seguir na contramão do que quero.

Poxa! O que há de errado?

É exigir muito sentir-se vivo outra vez? 

Não sei quando retornarei a sentir o vento deslizar em meu rosto, nem quando minha angustia será ouvida, mas posso afirmar, serei eu e mesmos desejos, eu e minhas verdades, eu e minhas lágrimas. Por algum tempo esse será eu. Por algum tempo.

Crônica Escrita por Antonielson Sousa 

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