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20 de dez. de 2010

“A voz que grita por dentro”

Fonte da foto

A morte me faz sentir nostalgia da vida. É uma estrada em que estamos predestinados a andar, mas que não quero ir.
Isso não é justo! Assim como não acho justo rebelar-me.
Mas quem é que decide? Quem me aborrece?
É assim que as coisas funcionam? Acabou e pronto?
Tenho uma relação tênue comigo mesmo. Ora ela me conforta, ora me confunde. Sinto que a segunda é mais solida, mas pareço preso aos meus velhos princípios.
A maioria acredita que o sinal de cima é a razão, mas acho que a razão seja o sinal de cima. De igual modo, em “tudo” tem regras, mas não há regras para o tudo.
Somos forçados a aceitar um descontentamento em expansão, e toda vez recorremos a um socorro invisível atrás de esperanças, e nossas convicções são na verdade aquilo que acreditamos. No entanto, poucos compreendem esta certeza.
Permaneço sem sossego diante de todo este conflito.  
Por favor, não me venham com bobagens supostamente verídicas, que não passam de hipóteses alimentadas pelo medo ou ingenuidade. Estou cansado, entristecido, ponderante. Já não sei se a verdade é verdadeira, ou se sou eu ou aquele que grita dentro de mim.


Crônica escrita por Antonielson Sousa

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