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28 de out. de 2010

Romance - Um destino para amar - Antonielson Sousa


PRÓLOGO

Ben tirou do bolso um velho relógio enferrujado que marcava apenas as horas, o ponteiro dos minutos havia quebrado. O jovem perambulava pelas ruas e viu seu quase obsoleto relógio marcar 01h da madrugada. Apenas o vento o acompanhava naquele instante, pelas ruas do Rio de Janeiro. Faltava cerca de dois quarteirões para chegar à sua casa, quando de repente sentiu a presença de algo o seguindo. Era um vulto. Parecia ziguezaguear em sua direção. O jovem apreçou seus paços, ainda sem entender o que estava acontecendo, depois começou a correr. Sua única chance, assim pensara, era chegar logo em casa. Sentia a presença de uma figura sombria aproximar-se cada vez mais, fazendo-lhe sentir calafrios. Sua tentativa de fuga parecia em vão. Após minutos desesperantes de muita correria, ele chega mergulhado em medo. Com as mãos visivelmente tremulas, pega a chave que estava no bolso esquerdo de sua calça e abre a porta. Dentro da casa, percebe estar diante de uma escuridão ainda mais assombrosa. O que está acontecendo? Pensou. De repente não mais o vulto e sim uma pessoa de rosto indecifrável e aparência robusta, com uma faca na mão, começa a persegui-lo, agora dentro dos compartimentos do imóvel. Ben parecia correr de olhos vendados por estar diante da densa escuridão, mas era a única coisa a ser feita, não havia alternativa. Logo, acabou tropeçando e foi ao chão, deixando escapar um grito apavorante. Enquanto olhava para cima, estático, amedrontado, ainda ao chão, ouvia os passos mansos e firmes da tal pessoa vindo em sua direção.

CAPÍTULO 01

- Ben!Ben!Ben! – respondeu a voz rascante.
O jovem acorda desnorteado sobre uma densa gargalhada. Toda a turma ria de seu inquieto sono, estupendos. A professora Elena com seus braços cruzados e seu pé direito ditando o ritmo de fúria quando batia no chão, deu a princípio, uma sensação de alívio para Ben, mas em seguida, ele entendeu estar diante de um novo pesadelo, desta vez, mais que real, a professora certamente daria aquela bronca.
- Ben, o que está... – ela até que tentou começar os questionamentos, mas o jovem tinha ao seu lado a sirene da escola, que soou na hora exata.
Toda a turma ficou atenta para ver qual seria a reação da educadora, que pareceu não ter alternativa, a não ser a de liberar a todos, inclusive o latente dorminhoco.
Enquanto todos saiam, a professora olhou nos olhos de Ben, furiosa.
- Você também pode ir jovenzinho, mas depois conversaremos.
- Sim professora – concordou Ben acrescentado. – Me desculpe.
Já na saída da escola, o jovem ainda com o rosto sonolento, encontrou Willian, seu amigo, que entre sorrisos, perguntou:
- O que aconteceu, irmão?
- Nada – respondeu Ben.
- Nada mesmo? – insistiu Willian, com um olhar sinuoso.
- Nada, cara, nada mesmo.
- Ah, você sabe da nova? – perguntou Willian, mudando de assunto.
- Não, não estou sabendo de nada. O que é?  
- Cara, tem uma nova menina no bairro. Seu nome é Aline, Aline Graham. Ela é filha de um operário. Chegaram uns dois dias atrás. A menina é muito linda. E sabe... ela vai estudar em nossa escola.
- Então precisamos conhecê-la – balbuciou Ben, esfregando sua mão no olho.
- Vamos por aqui – disse Willian puxando o braço de Bem –, passaremos pela casa dela, talvez possamos vê-la.

Amanhã tem o 2º capitulo.

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