Eu viro, mecho e continuo perguntando-me para que realmente serve o Big Brother Brasil. Sabe, não consigo encontrar respostas concretas para me certificar de pelo menos uma certeza. Para uns, é uma petulância incomparável da Rede Globo, outros acham na verdade uma sordidez em forma de pirâmide.
Parece-me mais uma vitrine de corpos sarados, convivendo entre si, com beijos, brigas, bumbum e nada mais que isso. O mais incrível é que é “bom”.
O efeito BBB tem se transformado literalmente em um pragmático parasita. Sugando imperceptivelmente aqueles que descansam seus olhos diante da telinha. “Tanto faz não fazer bem, ora, quase nada faz mesmo”, é o que pensam.
A noite abraça o céu do Brasil e o fim da novela das nove é anunciado. Logo começam a acomodar-se nas poltronas, sofás, chão, o que seja, para em fim contemplarem a orgia indelicada que confunde a verdadeira identidade. O que eles querem mesmo é lucrar e conseguem facilmente.
Enquanto isso, damos vida ao planejamento dos ricos e continuamos empobrecendo-nos. Pelo menos servimos para alguma coisa, não é verdade?
O que pode ser melhor do que esperar ansiosamente pelo início do reality show brasileiro, sentado, comentando sobre um e outro participante; em seguida reparando as belezas escolhidas a dedo pela direção, justamente para mim? É, não tem nada melhor... Ou tem?
Crônica escrita por Antonielson Sousa