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11 de abr. de 2011

Retratos da tragédia!


O Brasil e o mundo lamentaram as mortes na escola em realengo no Rio de Janeiro. Algo que ficará marcado na história. Todos que acompanharam o caso, certamente, a maioria concordam em dizer que o jovem Wellington de apenas 23 anos é um monstro que jamais mereceria perdão.

É compreensível o sofrimento das famílias que viram a vida de seus filhos sendo levada injustamente.  A dor é incalculável. Não há disfarce nesse ato em comum, nesse tom de desastre.

Por outro lado. Acompanhando as reportagens sobre a vida do atirador, descobrimos coisas que possivelmente possam explicar a chacina. Os ex-colegas de turma de Wellington relataram à imprensa que ele era alvo de bullying. “Já foi jogado no sexto de lixo; colocaram a cabeça dele no vaso sanitário e deram a descarga; as meninas brincavam com ele; era chamado de Bagdá” disse um dos rapazes.

A família de Wellington afirmou que o jovem sofria de Esquizofrenia (alteração do pensamento, alucinações, delírios...) e que tomava remédio controlado. Nos textos deixados pelo jovem, isso fica claro. Ele chegou a escrever palavras, parágrafos, que não se completavam. Sem qualquer tipo de consistência.

É claro que nada justifica o que Wellington fez. Longe disso! Mas apesar de, acho que o jovem estava preso ao seu mundo escuro, que o isolava de amigos, família, da realidade. É muito possível que as brincadeiras sofridas na escola, lhe trouxessem a idéia de vingança. A vida não fazia mais parte de seu mundo. Para ele, ele era apenas mais um detalhe singular e nada mais que isso.

Como nos jogos de vídeo games, tomou suas armas; preparou seu plano e foi vencer sua dor. Como na vida virtual, imaginou ter outro continue, mas não havia nada, apenas a esperança de um reencontro com Deus. Não havia mais tempo de voltar atrás. Ele dominava e era dominado. Frieza, vingança, sangue... Gritos, desesperos. O silêncio apertou as mãos do escuro e o jogo no chão e tudo acabou. Talvez já estivesse terminado, antes mesmo dos pés tocarem o prédio da escola Tasso da Silveira. Talvez só quisesse se sentir vivo, infelizmente pelo caminho errado.

Escrito por Antonielson Sousa

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