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Pra que esperar mais um pouco, se já é puro saber as volúpias da não tendência.
Que delírio ocioso de minha parte é esse, de achar que o egoísmo não se propaga.
Não é certeza ou desconfiança, mas o quero tão livre como um condenado.
Já é tarde e escuro. Eu me perco agora que as horas se esgotaram. Meio que me acostumo a entender o que se fala: de quando em quando, aprendemos.
E percebo o repugnante pensamento de ser livre, mas não poder voar.
Pobre aurora, que se arrasta e depois encosta-se no muro da inconseqüência. Tudo é vago.
E vomitam-se os ruídos estúpidos da insensatez. Não se pode contestar o relativo. É por isso que nossas diferenças são certezas.
E então aprendemos mais um pouco, por conta dessa necessidade. E seguimos encantados nessa estrada de interrogações.
Que irônica impressão. Mas é assim que funciona. Nossos medos são starts que se inclinam até retornar outra vez. E tudo fica claro: somos apenas sensações de nós mesmos.
Crônica escrita por Antonielson Sousa