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Aquele caminhar sereno transpirava desafio. Corri para próximo da janela. Queria te ver melhor. Estacionei o copo com água em minha boca, como se o tempo parasse, como se você fosse o centro da excelência.
Zombei de minha própria sorte, mesmo sem creditá-la, até então.
Esperava que olhasse em meus olhos, sem saber o que eu faria depois, quem sabe me escondesse entre os vidros da janela ou dissesse um oi. Ah como odeio andar desta maneira, baseando-me em “si”, mas estou preso a isso. Flui naturalmente. É como se fosse parte de mim, assim como aquele dia.
E continua apertando meu peito, como quem abraça a esperança no momento mais delicado. Esmurrando minha alma, minha paz. Fazendo-me tolo. Confundindo meus olhos, e construindo sarcasmo sem pretensão. Como pode ser tão perfeita e completa, nesse meu mundinho frágil de conclusões.
Crônica escrita por Antonielson Sousa